quarta-feira, 25 de setembro de 2013

APOSTILA 02 – BARROCO



Comparando com o Renascimento o período de  Tintoretto já é bem mais agitado e crítico, não só  um período de transição, mas de profundas transformações sociais.
em a Última Ceia, na obra de Jacopo  Robusti, já pronuncia a visão de mundo Barroco. É o momento que corresponde a um período de grande turbulência política-econômica, social, e principalmente religiosa.
O Renascimento foi uma época eufórica, otimista, uma das poucas histórias da arte, ao passo que o Barroco ao iniciar-se já se torna mais sombrio, pessimista, acentuando os conflitos e a insegurança da condição humana e preferências por temas opostos: espírito e matéria, perdão e pecado, bem e mal, céu e inferno.
Em geral, compreende-se barroca a arte desenvolvida os anos finais do século xvi, até a primeira metade do século xvii, com arte religiosa da contra Reforma.
Com o advento da Revolução Francesa, na virada do século xviii, o estilo barroco fora subitamente interrompido pelo Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Impressionismo, Expressionismo, e outras tendências, tudo acontecendo no mesmo século xix.
No Brasil, a herança do Barroco esteve ligada ao tipo de ensino trazido de Portugal, que era predominantemente  verbal e religioso, voltado para os dogmas da igreja e teve pleno desenvolvimento no século xviii, 100 anos após o surgimento do Barroco na Europa, e se estendeu até as duas primeiras décadas do século xix.
Duas linhas diferentes caracterizam o estilo barroco brasileiro. Nas regiões enriquecidas pelo comércio de açúcar e pela mineração, encontramos igrejas com trabalhos em relevo feitos em madeira, talhas recobertas por finas camadas de ouro, com janelas, cornijas e portadas decoradas com detalhados trabalhos de escultura.
Já nas regiões que não existia nem açúcar e nem ouro, a arquitetura teve outra característica. Aí as igrejas apresentam talhas modestas e trabalhos realizados por artistas menos experientes e famosos.

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